Título da obra: Espelho D’água
Edição: 1ª edição
Autores: Ivan Furmann, Ana Laura Carvalho da Paiva, Davy Moreira Seboldt, Estela Aurora Kolosque da Conceição, Gustavo de Paula Gorges e Gabriela Saraiva Soares
Ano: 2024
ISBN: 978-65-83029-02-7
DOI: https://doi.org/10.21166/9786583029027
Sinopse: A história em quadrinhos (HQ) “Espelho D’água” busca, a partir de vestígios arqueológicos, reimaginar uma história vivida pela cultura Sambaquiana, que existiu no litoral norte do Estado de Santa Catarina há cerca de 5000 anos. Este trabalho pretende representar vidas do passado com base em pontos de partida científicos e acadêmicos, ao mesmo tempo que reflete sobre os desafios da preservação do patrimônio arqueológico e museológico. Por ser um exercício artístico e imaginativo, não se pretende ser hiper-realista. Na verdade, dentro de suas limitações, apresenta-se como uma referência para imaginar mais. A história foi desenvolvida por um grupo de estudantes-artistas que cursavam o Ensino Médio integrado a cursos técnicos no campus Araquari do Instituto Federal Catarinense (IFC) em 2023. O roteiro foi construído coletivamente, e os desenhos também resultaram de um trabalho colaborativo. Por vezes, o traço parece distinto, pois várias mãos trabalharam na mesma história. A escolha gráfica em tons de cinza visa aproximar a HQ dos movimentos artísticos contemporâneos. A narrativa se desenvolve em duas linhas do tempo. Uma linha do tempo representa o presente, com a personagem Ana Helena, uma adolescente que vive na Baía da Babitonga nos dias atuais. Com diversos dilemas relacionados ao meio ambiente e à preservação da memória, Ana precisará fazer escolhas que não são tão simples quanto parecem. A outra personagem principal, cujo nome não conhecemos, é uma adolescente sambaquiana. Tanto a linguagem quanto diversos aspectos da vida desse povo são desconhecidos ou apenas supostos. Como escolha narrativa, e em respeito à memória, preferiu-se evitar indicar um descendente direto dos sambaquianos para evitar polêmicas, embora compreendamos que isso pode ser impossível, apesar das sinceras boas intenções. Por fim, a história começa com um sonho, o que pode causar estranheza na primeira leitura, e termina com uma imitação: o presente tentando imitar de forma trágica o passado. Essas duas ações, sonhar e imitar, parecem sintetizar o trabalho realizado nesta HQ. E, por uma estranha coincidência, é o que os espelhos fazem: nos imitam e refletem nossos sonhos.